Um antigo funcionário, do Facebook, revela que a rede social não publica notícias de carácter conservador, nos Estados Unidos da América. O jornalista não quis ser identificado e afirma que notícias relacionadas com a direita política, que envolvessem Mitt Romney, Rand Paul, e outros aspetos, não iam para a secção “Trending”. Notícias relacionadas com a empresa também não podiam aparecer na lista. Fonte revela que “Dependendo de que estava no turno, as coisas seriam incluídas na lista negra ou consideradas tendências”.
Foi o site de tecnologia Gizmodo que publicou a denúncia do jornalista. Em comunicado, o Facebook divulga que “levamos muito a sério as acusações de viés” e acrescenta que “o Facebook é uma plataforma para as pessoas e as perspetivas de todo o espectro político”.
O Gizmodo expõe que outros funcionários da secção “Trending” admitem ter recebido ordens para abranger no módulo de tendências informações, que ainda não tinham obtido grandes níveis de popularidade na rede social, entre os quais se destaca os atentados contra a sede do semanário Charlie Hebdo em Paris.
O antigo funcionário diz que ficava desiludido quando percebia que algumas informações importantes não entravam para as tendências informativas, ou porque os colegas não tinham reconhecido o seu trabalho ou porque este tinha sido deixado de lado.
A secção “Trending” do Facebook está ativa desde o ano 2014. Tem inúmeras visualizações. Ajuda também 222 milhões de usuários entre os Estados Unidos da América e Canadá, a selecionarem as notícias em função da sua popularidade.
Aqui está um video para perceber como funciona a secção “Trending” do Facebook.
Fonte: El País Tecnologia
Mariana Ficher
Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.
Geralmente as notícias que menos importam são as mais importantes para o facebook.
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