Estudantes do curso de Comunicação Social e Cultura têm aulas práticas na Rádio Atlântida

No mês de maio, a Rádio Atlântida abriu as portas dos seus estúdios aos alunos da Licenciatura de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores e acompanhou-os, através do apoio dos seus profissionais, na realização de uma série de exercícios de jornalismo radiofónico durante oito sessões de duas horas.

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Estas aulas estão integradas da unidade curricular de Oficina de Jornalismo II. Divididos em dois turnos, os estudantes tiveram quatro aulas práticas, em que puderam conhecer as instalações da rádio e aí trabalhar. Realizaram três boletins informativos, cada um com quatro notícias e um deles com uma peça radiofónica.

O diretor-geral da Rádio Atlântida, Carlos Pires Antunes, esteve sempre disponível durante estas aulas práticas, para, juntamente com a docente, orientar os alunos e dar-lhes alguns conselhos, relativamente à área da rádio. Outros profissionais da ‘’casa’’ participaram igualmente nestas aulas, como Carlos Rodrigues, comentador de desporto e Emanuel Costa, animador.

Estas aulas tinham como objetivo mostrar aos estudantes do curso como realizar noticiários e outros programas informativos na rádio, em contexto real, bem como, dar-lhes a conhecer o ambiente em que estes profissionais diariamente trabalham.

 Isabel Castro

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Fotografias de Mariana Ficher, Isabel Castro, Cristiana Sousa e Sónia Freitas

A turma e a docente agradecem à Rádio Atlântida o acompanhamento realizado pelos seus profissionais, assim como a disponibilização dos seus estúdios.

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores

 

O peixe nosso de cada dia

Todos os pescadores conhecem a natureza, entendem o mar, sabem olhar para a lua e ver a maré que vem, sabem quando fará bom ou mau tempo, trazem alimento para a família e ainda garantem o sustento da casa com o que conseguem vender de peixe. É também o caso dos pescadores do porto de pescas da cidade de Lagoa, também conhecido por Porto dos Carneiros.

“Um pescador não pode temer o mar”, diz o conhecido mestre Peixoto, pescador local com 58 anos, que desde muito jovem enfrenta os perigos do mar.

1A partida está marcada para as 9h, hora em que o barco do mestre Peixoto, deixa o porto dos Carneiros, sem saber aquilo que o mar lhe reserva.

2No dia antes já tinham todo o material pronto. A primeira tarefa foi preparar a isca, cortando as Cavalas salgadas em vários pedaços.

3Em seguida, usaram os pedaços do peixe para montar as caixas de isca, que na ilha de São Miguel são chamadas de “gamelas”.

4Depois de montadas as “gamelas”, limparam o barco, carregaram todo o material, fizeram e testaram todos os equipamentos, esperançados que o mar os presenteasse com uma boa pesca.

5Ao mestre compete-lhe a principal missão de guiar os seus homens no mar. O mar estava calmo. Por isso, sabiam a hora da partida, pois “quando o mar está agitado nunca se sabe a hora de partida e muito menos a de chegada”, diz o mestre Peixoto.

8Enquanto as mulheres e os filhos aguardam ansiosos o regresso dos pescadores, as gaivotas já começam a cercar o barco. São 18:30h, depois de 9 horas e 30 minutos no mar, o barco atraca. É a total euforia.

9Os tripulantes começam por descarregar o peixe, para que possa seguir para a lota, onde vai ser avaliado. “Bom é ir para o mar, pescar bom peixe, chegar a terra e poder vender o pescado para ganhar uns trocos”, diz Paulo Antero, pescador há 45 anos.

10Depois de já terem limpado e desinfetado o barco, o dia destes bravos homens chegou ao fim. Entre alegrias e tristezas, ser pescador é acima de tudo uma profissão onde o perigo espreita a cada instante.

Imagens e texto de Sara Martins

“Gosto muito da quinta e é lá que vivo”

Estudante a tempo integral, jogador de “airsoft” nas horas vagas e cuidador dos animais da quinta dos pais aos fins de semana, João Vítor Cabral Melo não é o típico jovem que vive na cidade.

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João Vítor trocou a promessa de entrada numa escola de Oficiais- para seguir o mesmo caminho do pai- pela Universidade dos Açores.

 

João Vítor Cabral Melo tem 21 anos. É o mais velho de três filhos. Desde pequeno que mora na freguesia dos Fenais da Ajuda, na região mais interior da ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores. Uma região que é particularmente diferente da cidade de Ponta Delgada, por ser mais verde e (ainda) mais sossegada.

No ano de 2013, João teve de escolher para que universidade ir. O pai, que trabalha na GNR, incentivou-o a ir para uma escola de Oficiais localizada no Continente. Contudo, João não aceitou a proposta, tendo decidido ingressar no curso de Comunicação Social e Cultura na Universidade dos Açores, no campus de Ponta Delgada. João confessa que na secundária era melhor aluno, do que agora na universidade: “Fiquei mais solto, sem a supervisão dos meus pais. Pela primeira vez estava a morar sozinho num sítio que fica longe de tudo o que conhecia, pelo que foi uma adaptação mais demorada, refletindo-se nas notas”. Logo de início, João percebeu que a cidade não era igual à sua terra. Era mais movimentada e menos fechada mentalmente: “as pessoas aqui são mais abertas”.

João Melo afirma, de sorriso nos lábios, que prefere “a cidade ao campo”.  Contudo, não esconde a sua paixão pelo campo, e sobretudo pela quinta dos pais: “Eu cuido dos animais nos meus tempos livres. Gosto muito da quinta e é lá que vivo”.  Para além das tarefas da quinta, João gosta de fazer trilhos pedestres e caminhadas pela região Norte da ilha, aproveitando de vez em quando para dar um banho no mar “seja no Verão ou Inverno. Eu gosto muito de ir ao mar”.

Com a ajuda de um amigo, aprendeu a jogar airsoft (desporto semelhante ao paintball, mas que está mais associado ao panorama militar, usando-se balas de borracha ao invés de balas de tinta). Contudo afirma, que não joga tanto como gostaria, pois, o equipamento necessário é dispendioso: “Não é tanto o aluguer do espaço onde jogamos, é mais a arma e o equipamento. Se não tens muito dinheiro, não consegues praticar”.

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O lado Norte da ilha de São Miguel, fascina o jovem João Vítor pela sua beleza natural. Sendo assim, João aproveita para fazer um trilho pedestre sempre que pode.

 

Apesar de não ter dificuldades financeiras, João trabalha na empresa de som da família, a “Melo & Melo”, para ganhar experiência no mercado de trabalho e para ajudar os familiares a gerirem a pequena empresa: “Não ganho dinheiro, mas ajudo a minha família”.

A viver na cidade há três anos, João acha que não teve nenhum momento extraordinário na sua vida. Contudo, concorda que a entrada na Universidade foi um marco importante na sua jornada. Da experiência universitária, o que mais marcou este jovem foi a praxe académica: “senti que cresci como pessoa e aprendi a ter uma noção diferente da vida. Comecei a analisar e a perceber como as pessoas reagem a situações em que são levadas ao limite ou em que estão sob pressão”.

Talvez esta afirmação seja um presságio do que está por vir na vida de João Melo, pois o jovem micaelense afirma que após terminar a licenciatura gostaria de fazer um estágio em imprensa e depois seguir para a escola de oficiais no Continente. Se esta última decisão se concretizar, então João irá realizar um sonho de miúdo: ir ao Continente. Nascido e criado nos Fenais da Ajuda, João nunca saiu dos Açores. Do interior para a cidade, a jornada de João Vítor Melo ainda agora começou.

 

 

TEXTO E IMAGENS POR: Sónia Freitas

 

A menina Castro

É natural da ilha Terceira e nasceu no dia 3 de Dezembro de 1993, Isabel Melo Castro tem 21 anos e estuda Comunicação Social e Cultura na ilha de S.Miguel, em Ponta Delgada.

Numa conversa informal, conta que é a única menina da família Castro e segreda-nos: “fui crescendo, sempre mimada, no bom sentido, e tornei-me numa menina muito querida por todos, pois era uma menina muito alegre”. Conta também que o seu nome é igual ao da sua avó materna e que os seus avós paternos tinham muito orgulho em ter uma neta mas que não a chegaram a conhecer, pois morreram no mesmo ano em que ela nasceu.

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            Isabel na Universidade dos Açores

Isabel, sempre com um sorriso na cara, conta-nos todo o seu progresso escolar, que, até ao 6º ano, concluiu com muito sucesso. No decorrer do ensino secundário, a menina Castro descobriu que cometeu um erro ao entrar no curso de ciências e tecnologias: “não gostei desta área”, explica. Decidiu mudar o seu percurso e tirar um de informática numa escola profissional, concluindo-o com o título de “ 3ª melhor média da turma”.

No entanto, este curso não era o suficiente para que Isabel conseguisse ingressar no ensino superior, fazendo com que a jovem fizesse o estágio T e conseguisse pagar explicações para a ajudar nos estudos da disciplina de português. Isto permitiu que Isabel voltasse à secundária para concluir a disciplina que lhe faltava nos exames nacionais. No entanto devido a algumas crises nervosas apenas conseguiu terminá-la nos exames de segunda fase.

No fim de toda esta atribulação, chegou a hora de Isabel escolher o curso em que se queria licenciar. Por falta de vagas, não conseguiu entrar na sua primeira opção, que era serviço social, escolhendo, de seguida, o curso onde, hoje, já se encontra no terceiro ano de licenciatura, Comunicação Social e Cultura: “a vida de um locutor de rádio sempre me fascinou”, justifica. No entanto, a universidade da ilha Terceira apenas se dedica à área das ciências, o que fez com que Isabel não pudesse continuar os seus estudos na sua terra natal. Teve que se candidatar para a Universidade dos Açores mas no pólo da ilha de S.Miguel.

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A menina Castro afirma que o “Livro de estilo do PÚBLICO” é um dos que a mais ajudou a fazer jornalismo.

E, deixando a família e todos os seus amigos, partiu para uma ilha vizinha que desconhecia. Conta-nos que a sua adaptação não foi muito complicada, explicando: “sempre fui uma rapariga desenrascada e ter entrado nos escuteiros aos 13 anos de idade também me ajudou nesse sentido”. As suas quatro colegas de casa também a fizeram se sentir bem na ilha que começava a conhecer.

Começam as aulas e, infelizmente, devido a alguns problemas, a jovem não concluiu o primeiro ano com muito sucesso, melhorando esta estatística no segundo e no terceiro, pois conheceu o que define como  o seu “porto seguro”, o seu namorado. Sobre ele, Isabel diz: “ajuda-me sempre que preciso de algo em S.Miguel e está sempre pronto a ajudar-me e a ultrapassar as saudades da minha terra natal”.

Isabel Melo Castro, única menina da família, estudante de comunicação social e cultura, alegre e espontânea, deseja continuar nesta ilha que a “acolheu muito bem” e “arranjar emprego na área da radio”.

 

Perfil de Carina Menezes

 

 

“[…] sou feita de saudade”

Clésia Meneses, jovem açoriana de 21 anos, é natural da ilha Terceira, nos Açores. Atualmente está a viver na cidade de Ponta Delgada, onde estuda no 3º ano do curso de Comunicação Social e Cultura, na Universidade dos Açores.

Numa conversa bastante animada esta, com alguma nostalgia, começa logo por dizer que sente saudades tanto da sua família como da sua ilha, embora adore o seu curso e a cidade que a recebeu e que a sente como “segunda casa”, uma vez que sempre a acolheu bem.

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A vida de Clésia é marcada pelas viagens constantes. Nas férias da Páscoa foi a Lisboa.

Afirma que a ideia de sair de casa e ter a sua independência sempre lhe agradou como, habitualmente, agrada a qualquer jovem da sua idade. Porém, assume que, afinal, não foi assim tão simples. Clésia revela que a sua integração, no início, não foi nada fácil.

Refere que foi complicado mudar-se para um meio de onde não era oriunda e onde não conhecia ninguém, viver numa casa nova sem as suas coisas e longe da sua família e amigos.

“A antiga e maravilhosa ideia de viver sozinha ficou desfeita pela saudade”. A necessidade decorrente da idade, a procura do desconhecido, foi o que fez a Clésia, tal como tantos outros jovens, querer sair da sua ilha.

Confessa que “ao estudar noutra ilha, a solidão torna-se mais visível”, ou seja, sente-a com mais intensidade. Enquanto, ao fim de cada dia, todos os colegas regressam às suas casas e para as suas famílias, visto que estudam na ilha de onde são, Clésia regressa para uma casa onde não encontra a sua família.

Admite que atingir a realização profissional é um dos seus principais objetivos, mesmo que isso implique sair da sua ilha e ‘’cortar ligações com conhecidos”. Sabe que para se sentir realizada profissionalmente terá mesmo que se “mudar para Portugal Continental”.

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Clésia diz que suporta a saudade porque vai ”mantendo o contacto através do Skype”.

Acrescentou ainda que a sua vida é, na totalidade, marcada pelas viagens: “São Miguel, local onde estudo; Terceira, de onde sou natural; Lisboa, onde estuda o meu namorado e Coimbra, onde ele vive”. Quando os estudos não lhe permitem viajar, todos os dias usa o Skype, que segundo a mesma é o melhor lugar para “ver e falar com todos os que estão longe”.

Acredita que “a solidão que sentimos agora, no futuro desaparecerá”, porque tudo passa na vida, e esta é mais uma fase como tantas outras que já passaram e que se passarão ainda.

Clésia acabou a nossa conversa, dizendo: “como já ouvi por aí, sou feita de saudade. Acho que todos um dia a sentimos”.

 

Texto e fotografia de Ana Oliveira.

“A senhora contente”

Mariana Pacheco da Silveira tem 20 anos e é natural de Ponta Delgada. Atualmente, frequenta o 3º ano de Comunicação Social e Cultura.

Aluna com um trajeto escolar exemplar, Mariana tem somado notas sólidas e consistentes. Estudou sempre em Ponta Delgada e, no Secundário, na Escola Domingos Rebelo, optou pelo curso de Línguas e Humanidades. Mas mais do que os livros e a vida monótona de quem estuda, depois entra no mercado de trabalho e cria uma família, Mariana pretende atingir vários objetivos e, sobretudo, viver!

Mariana é uma sonhadora. Almeja viajar pelo mundo inteiro e explica que está “a pensar tirar um Gap Year antes do mestrado”. O principal para a Mariana é ser feliz e conseguir aquilo que mais quer. “Para além de viajar e desfrutar da vida, quero realizar-me profissionalmente. Adorava poder trabalhar em televisão, como pivot”. Aliás, o grande medo da Mariana é não poder concretizar o que pretende, “tenho medo de me desiludir, sonho demasiado…anseio por demasiado, mas enquanto não cair, essa esperança  de concretizar os meus sonhos faz de mim quem eu sou. Gosto de ser assim!”

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Apesar de querer viajar pelo mundo inteiro, Mariana afirma: “São Miguel é e sempre será a minha casa. Saio da ilha, sempre com a promessa de voltar”

Uma das maiores e melhores experiências da vida da Mariana está, precisamente, relacionada com essa vontade de viver a vida. “Fazer ERASMUS foi uma das melhores decisões que já tomei. Fui para Itália e pude ter contacto com muita gente diferente e culturas distintas que me fizeram crescer e olhar para o mundo de outra forma”. Como referimos, a Mariana até pretende fazer um Gap Year, o que prova que gostou e quer repetir a experiência. Basta um minuto de conversa com a Mariana para se perceber a sua maneira de estar e encarar a vida.

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Mariana já esteve em vários países com apenas 20 anos. De todas, a que mais gostou foi Paris. “É uma cidade completamente diferente das outras, tanto na beleza, como no próprio ambiente que se sente ao visitar a cidade. É diferente, difícil de explicar (foto gentilmente cedida pela Mariana Silveira).

Sempre com um sorriso nos lábios, todos os gostos da Mariana apontam para essa vontade de viver uma vida feliz, pacífica e apaixonante. “Não vejo filmes que sei que não têm final feliz. Odeio drama, tristeza, tudo isso. Preciso de finais felizes, até porque nós todos deveríamos tentar encontrar o nosso final feliz. Gosto muito dos filmes da Disney, alimentam -me aquela esperança, um pouco ingénua, de tudo ser possível se acreditarmos que o é, aquela ingenuidade que temo ser eterna em mim… e claro o príncipe encantado montado no seu cavalo branco não pode faltar”. Aliás, Mariana confidencia que fez equitação dos 9 aos 15 anos porque ficou apaixonada por cavalos, paixão essa despoletada precisamente pelos filmes. A Mariana define-se como alguém otimista, que tenta sempre tirar o melhor de cada situação e vive segundo o lema “melhores dias sempre virão”. Uma maneira muito própria de estar e que é cada vez mais rara nos dias de hoje.

 

RUBEN MARQUES

Estudantes da UAC têm aulas na RTP Açores

A turma do 3º ano do curso de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores teve, durante os meses de março e abril, aulas nos estúdios da RTP Açores no âmbito da disciplina de Oficina de Jornalismo II.

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A estação forneceu aos jovens as melhores condições para a realização das aulas tendo cedido o cenário onde é realizado o Telejornal da RTP Açores .

No decorrer de quatro semanas, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os bastidores da estação televisiva, conhecer técnicas jornalísticas e receber orientação de alguns profissionais da estação. O espaço cedido pela RTP Açores, serviu ainda para os estudantes realizarem vários trabalhos práticos, de forma a terem um ambiente real e uma melhor perspectiva sobre o jornalismo.

Os alunos realizaram dois pivots e duas entrevistas, sendo que uma das entrevistas contou com o auxílio de Herberto Gomes, jornalista e profissional da RTP Açores há cerca de 25 anos, que aceitou ser entrevistado pelos estudantes. Na realização da atividade, o jornalista aproveitou para aconselhar os jovens futuros jornalistas sobre a profissão, atendendo à formação dos jovens e à evolução do jornalismo. Na outra entrevista, a docente pediu aos estudantes que imaginassem um programa da sua autoria sobre as regiões de Portugal, ao qual os alunos atenderam com entusiasmo e criatividade.

Com o auxilio dos técnicos da estação televisiva e da sua docente, os alunos perceberam como enfrentar as câmaras, a postura a ter quando se lê e apresenta uma noticia, como adaptar o seu guião de entrevista mediante as respostas do entrevistado e como improvisar.

As aulas foram realizadas com o intuito de melhorar a formação dos estudantes da academia açoriana, sendo que os alunos puderam avaliar qual área do jornalismo querem seguir. *

FOTOS

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Texto– Sónia Freitas

Fotografias: Cristiana Sousa/Sónia Freitas/Isabel Castro

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores

*Toda a turma e docente aproveitam a ocasião, para agradecer à RTP Açores pela sua disponibilidade e pela cedência do espaço e de profissionais da área.

Curso on line e gratuito de introdução ao jornalismo

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Estão abertas as inscrições para um curso online e gratuito de introdução ao jornalismo, no site da Alison. A empresa irlandesa lançou, no passado dia 26 de fevereiro, esta formação de 4 horas sobre os princípios básicos e as práticas jornalísticas, que será lecionada em inglês.

É lecionado apenas em inglês e é constituído por quatro módulos, sendo eles denominados “ Elements of Journalism”, “Feature Writing and Editorials”, “Ethics and Media Management”, “Introduction to Journalism Assessment”.

Os módulos pretendem ensinar os alunos a definir os critérios de noticiabilidade que os permitirão definir o que pode ser considerado uma notícia, ensinar as características da escrita ideal para uma notícia, os vários tipos de trabalho jornalístico, informar sobre a responsabilidade que o jornalista tem perante a sociedade.

Também abordará a parte deontológica do jornalismo, ensinar como é que o jornalista deve lidar com os valores da verdade, justiça e sinceridade que fazem parte dos princípios obrigatórios do profissional e preparar os estudantes para os conflitos de interesses que possam surgir ao trabalhar numa redação.

O curso será certificado se os alunos o concluírem com uma média igual ou superior a 80% na avaliação de cada módulo.

As inscrições para este curso já estão abertas e poderão ser efetuadas no acesso ao site da empresa criadora do mesmo: Alison.

Reconhecida como o primeiro MOOD (Massive Open Online Courses), Alison é uma empresa que fornece cursos online a qualquer pessoa em várias áreas de estudo. É considerada uma empresa com elevada credibilidade pelo sucesso com que os seus estudantes terminam os cursos e atualmente conta com mais de 6 mil alunos em 250 países e já emitiu mais de 750 mil certificados.

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Carina Menezes

Fontes: blastingnews; Alison

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.

Fotojornalista Pedro Monteiro em conversa com estudantes na Universidade dos Açores

Pedro Monteiro, Fotojornalista do Correio dos Açores
Fotojornalista do Correio dos Açores, Pedro Monteiro, expõe as dificuldades da profissão ao 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. Fotografia: Sónia Freitas.

Pedro Monteiro, fotojornalista há mais de 20 anos no Correio dos Açores, e com imagens já publicadas na National Geographic, visitou no passado dia 29 de fevereiro o Departamento de Línguas e Literaturas Modernas da Universidade dos Açores para uma conversa com os estudantes do 3º ano da Licenciatura de Comunicação Social e Cultura.

Com um sentido de humor constante, o fotojornalista avisou logo no início da sessão que no jornalismo “nem tudo é um mar de rosas” e contou diversas aventuras e episódios caricatos em que se envolveu ao longo da sua carreira. Para obter exclusivos como os da garagem do Farfalha, o cenário de um conhecido caso de pedofilia, foi vítima de insultos pessoais, de arremessos de materiais e até mesmo de ações de prisão.

Pedro Monteiro, que já publicou em vários meios de comunicação nacionais e internacionais, partilhou ainda com os estudantes de Oficina de Jornalismo II a grande realização obtida com a publicação das suas fotografias do priolo, a ave mais rara da Europa, na revista National Geographic, em 2007. O fotojornalista que, nos últimos anos, conforme conta, se habituou a olhar longamente para o céu, explicou que, para que as fotografias do priolo fossem conseguidas, foram necessárias muitas horas de paciente observação junto a uma planta endémica.

Pedro Monteiro frisou que a perseverança é uma caraterística necessária na profissão de jornalista, cuja precariedade é atualmente crescente. Na perspetiva do repórter, que tem centenas de contactos telefónicos mas que ainda prefere não aderir às redes sociais como o Facebook, o jornalismo de hoje continua a precisar de repórteres que vão para o terreno e que não se limitem a fazer o seu trabalho sentados.

(Post redigido em conjunto pela docente e pelos estudantes da turma de Oficina de Jornalismo II)