Reportagem do Público vence Prémio Dignitas

Este ano, Vera Moutinho, jornalista do Público, venceu o Prémio Dignitas na categoria de Jornalismo Digital com a reportagem “O que é isso de vida independente”.

A reportagem conta a vida de Eduardo Jorge, um homem de 58 anos que ficou tetraplégico aos 28 anos de idade após um acidente. Um homem que não hesitou, assumindo a sua situação e foi em busca de uma vida autónoma.

Juntamente com outras pessoas em situações idênticas, Eduardo Jorge exigiu que se mudassem as políticas de apoio às pessoas deficientes, chegou mesmo a fazer greve de fome e a dirigir-se ao Parlamento em cadeira de rodas, percorrendo 180 quilómetros desde Abrantes até Lisboa.

Um homem de coragem, que demonstra o mais íntimo do seu quotidiano e a luta constante pela independência.

O Prémio Dignitas é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Deficientes que premeia anualmente trabalhos jornalísticos dedicados à deficiência.

Clésia Meneses

Fonte: Público

Fotografia: Público

Video: Youtube

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.

“Gosto muito da quinta e é lá que vivo”

Estudante a tempo integral, jogador de “airsoft” nas horas vagas e cuidador dos animais da quinta dos pais aos fins de semana, João Vítor Cabral Melo não é o típico jovem que vive na cidade.

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João Vítor trocou a promessa de entrada numa escola de Oficiais- para seguir o mesmo caminho do pai- pela Universidade dos Açores.

 

João Vítor Cabral Melo tem 21 anos. É o mais velho de três filhos. Desde pequeno que mora na freguesia dos Fenais da Ajuda, na região mais interior da ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores. Uma região que é particularmente diferente da cidade de Ponta Delgada, por ser mais verde e (ainda) mais sossegada.

No ano de 2013, João teve de escolher para que universidade ir. O pai, que trabalha na GNR, incentivou-o a ir para uma escola de Oficiais localizada no Continente. Contudo, João não aceitou a proposta, tendo decidido ingressar no curso de Comunicação Social e Cultura na Universidade dos Açores, no campus de Ponta Delgada. João confessa que na secundária era melhor aluno, do que agora na universidade: “Fiquei mais solto, sem a supervisão dos meus pais. Pela primeira vez estava a morar sozinho num sítio que fica longe de tudo o que conhecia, pelo que foi uma adaptação mais demorada, refletindo-se nas notas”. Logo de início, João percebeu que a cidade não era igual à sua terra. Era mais movimentada e menos fechada mentalmente: “as pessoas aqui são mais abertas”.

João Melo afirma, de sorriso nos lábios, que prefere “a cidade ao campo”.  Contudo, não esconde a sua paixão pelo campo, e sobretudo pela quinta dos pais: “Eu cuido dos animais nos meus tempos livres. Gosto muito da quinta e é lá que vivo”.  Para além das tarefas da quinta, João gosta de fazer trilhos pedestres e caminhadas pela região Norte da ilha, aproveitando de vez em quando para dar um banho no mar “seja no Verão ou Inverno. Eu gosto muito de ir ao mar”.

Com a ajuda de um amigo, aprendeu a jogar airsoft (desporto semelhante ao paintball, mas que está mais associado ao panorama militar, usando-se balas de borracha ao invés de balas de tinta). Contudo afirma, que não joga tanto como gostaria, pois, o equipamento necessário é dispendioso: “Não é tanto o aluguer do espaço onde jogamos, é mais a arma e o equipamento. Se não tens muito dinheiro, não consegues praticar”.

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O lado Norte da ilha de São Miguel, fascina o jovem João Vítor pela sua beleza natural. Sendo assim, João aproveita para fazer um trilho pedestre sempre que pode.

 

Apesar de não ter dificuldades financeiras, João trabalha na empresa de som da família, a “Melo & Melo”, para ganhar experiência no mercado de trabalho e para ajudar os familiares a gerirem a pequena empresa: “Não ganho dinheiro, mas ajudo a minha família”.

A viver na cidade há três anos, João acha que não teve nenhum momento extraordinário na sua vida. Contudo, concorda que a entrada na Universidade foi um marco importante na sua jornada. Da experiência universitária, o que mais marcou este jovem foi a praxe académica: “senti que cresci como pessoa e aprendi a ter uma noção diferente da vida. Comecei a analisar e a perceber como as pessoas reagem a situações em que são levadas ao limite ou em que estão sob pressão”.

Talvez esta afirmação seja um presságio do que está por vir na vida de João Melo, pois o jovem micaelense afirma que após terminar a licenciatura gostaria de fazer um estágio em imprensa e depois seguir para a escola de oficiais no Continente. Se esta última decisão se concretizar, então João irá realizar um sonho de miúdo: ir ao Continente. Nascido e criado nos Fenais da Ajuda, João nunca saiu dos Açores. Do interior para a cidade, a jornada de João Vítor Melo ainda agora começou.

 

 

TEXTO E IMAGENS POR: Sónia Freitas

 

A menina Castro

É natural da ilha Terceira e nasceu no dia 3 de Dezembro de 1993, Isabel Melo Castro tem 21 anos e estuda Comunicação Social e Cultura na ilha de S.Miguel, em Ponta Delgada.

Numa conversa informal, conta que é a única menina da família Castro e segreda-nos: “fui crescendo, sempre mimada, no bom sentido, e tornei-me numa menina muito querida por todos, pois era uma menina muito alegre”. Conta também que o seu nome é igual ao da sua avó materna e que os seus avós paternos tinham muito orgulho em ter uma neta mas que não a chegaram a conhecer, pois morreram no mesmo ano em que ela nasceu.

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            Isabel na Universidade dos Açores

Isabel, sempre com um sorriso na cara, conta-nos todo o seu progresso escolar, que, até ao 6º ano, concluiu com muito sucesso. No decorrer do ensino secundário, a menina Castro descobriu que cometeu um erro ao entrar no curso de ciências e tecnologias: “não gostei desta área”, explica. Decidiu mudar o seu percurso e tirar um de informática numa escola profissional, concluindo-o com o título de “ 3ª melhor média da turma”.

No entanto, este curso não era o suficiente para que Isabel conseguisse ingressar no ensino superior, fazendo com que a jovem fizesse o estágio T e conseguisse pagar explicações para a ajudar nos estudos da disciplina de português. Isto permitiu que Isabel voltasse à secundária para concluir a disciplina que lhe faltava nos exames nacionais. No entanto devido a algumas crises nervosas apenas conseguiu terminá-la nos exames de segunda fase.

No fim de toda esta atribulação, chegou a hora de Isabel escolher o curso em que se queria licenciar. Por falta de vagas, não conseguiu entrar na sua primeira opção, que era serviço social, escolhendo, de seguida, o curso onde, hoje, já se encontra no terceiro ano de licenciatura, Comunicação Social e Cultura: “a vida de um locutor de rádio sempre me fascinou”, justifica. No entanto, a universidade da ilha Terceira apenas se dedica à área das ciências, o que fez com que Isabel não pudesse continuar os seus estudos na sua terra natal. Teve que se candidatar para a Universidade dos Açores mas no pólo da ilha de S.Miguel.

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A menina Castro afirma que o “Livro de estilo do PÚBLICO” é um dos que a mais ajudou a fazer jornalismo.

E, deixando a família e todos os seus amigos, partiu para uma ilha vizinha que desconhecia. Conta-nos que a sua adaptação não foi muito complicada, explicando: “sempre fui uma rapariga desenrascada e ter entrado nos escuteiros aos 13 anos de idade também me ajudou nesse sentido”. As suas quatro colegas de casa também a fizeram se sentir bem na ilha que começava a conhecer.

Começam as aulas e, infelizmente, devido a alguns problemas, a jovem não concluiu o primeiro ano com muito sucesso, melhorando esta estatística no segundo e no terceiro, pois conheceu o que define como  o seu “porto seguro”, o seu namorado. Sobre ele, Isabel diz: “ajuda-me sempre que preciso de algo em S.Miguel e está sempre pronto a ajudar-me e a ultrapassar as saudades da minha terra natal”.

Isabel Melo Castro, única menina da família, estudante de comunicação social e cultura, alegre e espontânea, deseja continuar nesta ilha que a “acolheu muito bem” e “arranjar emprego na área da radio”.

 

Perfil de Carina Menezes

 

 

Jornalista fez-se passar por jihadista

Durante 6 meses, um jornalista conseguiu infiltrar-se numa célula do Jihad, em França, para fazer um documentário: “Os soldados de Alá”.

Sob o pseudónimo Said Ramzi, o jornalista muçulmano, decidiu fazer este trabalho para tentar perceber melhor as motivações dos jovens jihadistas. “Ramzi”, que rotula os jovens do Jihad como “manipuláveis” e “frustrados”, filmou e conseguiu depoimentos de vários jihadistas.

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Frame de um dos depoimentos recolhidos pelo jornalista francês

O jornalista diz que foi muito fácil contatar o grupo, tendo o feito através do Facebook.  Um dos problemas apontados pelo autor do documentário é que a França não tem qualquer serviço de cibercrime em Árabe, fazendo com que a polícia francesa não se aperceba de muitas comunicações entre células do Jihad.

Apesar de afirmar que foi bastante fácil chegar a este grupo, admite que ganhar a confiança deste é o mais complicado. Mesmo assim, conseguiu ganhar confiança suficiente para que lhe fosse pedido para se explodir numa discoteca.

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Este movimento terrorista começou em 1999 e só agora tem ganho protagonismo na Europa devido aos seus ataques a França e Bélgica.

 

“Os soldados de Alá” foi lançado na passada segunda-feira.

 

FONTE: TVI24

RUBEN MARQUES

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.

 

Prémio do Jornalismo atribuído ao Observador pelo 2º ano consecutivo

A reportagem “Os lisboetas sonham, a câmara quer. E a obra, nasce?”, do jornalista do Observador João Pedro Pincha, recebeu o galardão do Jornalismo e Poder Local da Associação Nacional de Municípios (ANMP), referente ao ano de 2015.

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João Pedro Pincha, formado na Universidade Nova de Lisboa, trabalha no Observador desde o primeiro dia do jornal

A peça centra-se no Orçamento Participativo de Lisboa e os vários projetos desta. Este género de orçamento é algo inovador em Portugal e já permitiu a materialização de incontáveis projetos por toda Lisboa.

No entanto, como é demonstrado na própria peça, variadíssimos projetos continuam sem avançar e aguardam autorização para tal. Estes casos por avançar conduzem a um forcing, por parte de autarcas e cidadãos, à Câmara lisboeta, exigindo maior brevidade.

 

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Fundado em 2014, este jornal é totalmente electrónico. Em dois anos de atividade, o Observador conseguiu arrecadar o prémio da ANMP por duas vezes

 

 

 

 

O Observador arrecada assim, pelo segundo ano consecutivo, o prémio do Jornalismo e Poder Local. Em 2014, “Gastronómicos e culturais. Serão assim os mercados do futuro?”, trabalho realizado por Sandra Otto Coelho, foi o contemplado pela ANMP.

FONTE: observador.pt

RUBEN MARQUES

 

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.

 

“Truth”- Drama jornalístico do tempo de George W. Bush

cinepop.com.br
Cartaz do filme Truth – conspiração e poder | Imagem: cinepop.com.br

Existem muitos acontecimentos que são ocultados ao público devido às suas consequências políticas, religiosas e económicas. Através do jornalismo de investigação, muitos desses casos são denunciados. Recentemente falamos aqui no blogue sobre o filme “Spotlight – Segredos Revelados”, que conquistou o óscar de melhor filme, e que abordava o tema de abuso sexual a menores por padres da Igreja Católica, descoberto pela equipa Spotlight da redação do jornal norte-americano Boston Globe.

Recentemente estreado, o filme “Truth” – “Conspiração e poder”, em português – baseado numa história real, incorpora uma temática mais ligada à classe política mas é, novamente, um filme sobre os dilemas do jornalismo de investigação. Marca a estreia na realização do argumentista James Vanderbilt.

Num pequeno resumo, o filme trata da suspeita que a jornalista e produtora da CBS Mary Mapes (interpretada por Cate Blanchett) tem acerca do serviço militar do presidente George W. Bush. Esta acredita que ele foi um dos muitos jovens que usou a influência do seu sobrenome e os seus contactos para não combater na Guerra do Vietname. Com a ajuda de uma fonte, ela consegue os documentos necessários para comprovar a denúncia e leva a história ao ar no programa “60 Minutes”, apresentado pelo lendário pivot Dan Rather (representado pelo ator Robert Redford). No entanto, a exibição deste programa produz um efeito negativo sobre a CBS News. Em vez de abalarem a campanha de reeleição de Bush, as informações reveladas são alvo de descrédito, o que coloca em causa todo o trabalho da equipa de reportagem, a carreira da jornalista e do pivot, e enfim, toda a CBS News.

O filme é uma adaptação do livro Truth and Duty: The Press, the President, and the Privilege of Power, que a própria jornalista Mary Mapes escreveu em 2005, resgatando os bastidores deste confronto ente um mediático presidente norte-americano, um importante canal televisivo e os seus jornalistas.

Informação Extra do filme : IMDB

Trailer:

Fontes: Público; Cinepolis; Cinepop; Filmow

 

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Segundo cartaz do filme | Imagem: cinepop.com.br
publico.pt
Produtora e Pivot nos bastidores do programa “60 Minutes” |Imagem : publico.pt
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Uma das cenas do filme, onde procuram provas para o caso | Imagem: portalimprensa.com.br

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.

Raquel Sousa Pereira da Silva CSC

 

Pequenos grandes repórteres

O jornalismo adapta-se a diversos média: temos o jornalismo de imprensa, jornalismo televisivo, o radiofónico e, mais recentemente, o digital. Este último fez convergir vários meios de comunicação num só e permitiu que qualquer cidadão fosse jornalista.

A reportagem é um género transversal a todos estes média, baseado em testemunhos diretos, fatos ou situações e ligado ao jornalismo de investigação. Uma das caraterísticas fundamentais de uma reportagem é a seleção do seu ângulo, ou seja, a seleção de um aspeto ou ponto de vista particular da história que seja importante, atual, original e que cative o público.

Hoje em dia, existem vários nomes conhecidos de jornalistas que elaboram grandes reportagens, nos mais diversos média, mas o que nos traz aqui hoje são repórteres  de palmo e meio que estão a dar que falar nos EUA e na Palestina. Estes já dominam essa difícil tarefa de selecionar um ângulo para as suas reportagens, que antes só os mais experienciados jornalistas dominavam. A Internet, os dispositivos móveis e o digital são, em grande parte, responsáveis, pelo sucesso destes jornalistas precoces.

 

Hilde Kate Lysiak, a jornalista de crimes

Hilde Kate Lysiak, editora do Orange Street News, tem nove anos, vive nos Estados Unidos e  tem sido motivo de conversa pelos seus dotes na área do jornalismo.

Filha de um jornalista, a pequena jovem faz investigações sobre diferentes assuntos à sua maneira, desde homicídios a vandalismo no bairro onde vive. A sua história tornou-se viral quando Hilde respondeu aos residentes do seu bairro, que ficaram chateados por ela ter publicado no seu site informações de um homicídio, ocorrido a 2 de abril a poucos quarteirões da sua habitação. A pequena jornalista dedicada, diz que com o seu trabalho consegue manter o povo de Selinsgrove informado.

Afirma que, apesar de ter apenas nove anos, quer trabalhar nisto a sério. Para as pessoas que acham que ela devia estar a brincar e em festas, Hilde contrapõe: “Sim, sou uma menina de nove anos. Mas sou uma repórter, em primeiro lugar. Eu reporto notícias”. Ativista por natureza, não dispensa um bloco de notas e o telemóvel e promete não baixar os braços perante as críticas.

Janna Jihad, a jornalista de guerra

Do outro lado do mundo, na Palestina, Janna Jihad, de nove anos também, é a mais jovem repórter de guerra da CisJordânia.

A jovem diz que gostava de estudar na Universidade de Harvard no futuro e de se tornar numa jornalista profissional e escritora. Mas, por agora, alimenta o seu sonho através da sua página do Facebook onde publica vídeos de inúmeros acontecimentos, filmados com o seu telemóvel, e ainda pequenas reportagens sobre a presença dos soldados de Israel na aldeia onde vive.

Sobre a situação de conflito no seu País, Janna Jihad afirma:  “Sonho com um país onde não existam postos de controlo e sem gás lacrimogêneo. Onde posso ir para a escola livremente, sem interrupção. Sonho com um país onde as crianças estejam autorizadas a ir nadar no mar. Gostamos de nadar e algumas crianças da minha aldeia nunca foram para o mar. Queremos uma vida sem medo”.

 

Hilde Kate Lysiak
Hilde Kate Lysiak com o seu jornal na mão |   Foto : bigstory.ap.org
www.cjr.org
Hilde Kate Lysiak com o seu caderno a tirar notas. | Foto:www.cjr.org
taringa.net
Janna Jihad numa foto com os soldados | Foto: taringa.net

 

 

Fica aqui um vídeo da pequena Hilde Kate Lysiak

Raquel Silva

Fontes :
sicnoticias

orangestreetnews

theguardian

eurweb

bdigital.cv.unipiaget

news.xinhuanet

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.

Grupo de refugiados desenvolvem rádio que ganha sinal FM nas cidades alemãs

Refugee Radio Network
Emissora de Rádio criada por refugiados.

A Refugee Radio Network (RRN), nascida no final do ano 2014 em Hamburgo, é uma emissora de rádio criada por e direcionada a refugiados.

Anteriormente a sua programação, para além de ser feita em inglês, era adquirida através dos meios que lhes eram mais próximos como gravações de telemóveis. Estas, por sua vez, depois eram disponibilizadas nas redes sociais, Skype e Youtube para a divulgação de conteúdos.

O principal objetivo desta rádio é dar voz às vidas e às histórias das pessoas, que todos os dias cruzam as fronteiras em busca de melhores condições de vida, que fogem com medo da guerra e que querem proteger os seus entes queridos.

Para ampliar e atingir mais ouvintes, os seus criadores contam com o apoio de outros grupos de refugiados e organizam eventos e palestras em diversas universidades.

A RRN cresceu e hoje em dia é ouvida nas cidades de Hamburgo, Berlim, Marburg e Stuttgart. Esta rádio é escutada por cerca de 40 mil pessoas.

Acompanhe o trailer e descubra mais sobre esta rádio:

Cristiana Sousa

Fontes: noticias.uol.com  |  refugeeradionetwork.net

Rui Soares: “Somos 4 fotojornalistas que andamos todos os dias e o dia inteiro a fotografar.”

Um Estranho por Dia é um trabalho conjunto feito por 4 fotojornalistas portugueses, que por dia dão a conhecer pessoas com uma história de vida única.

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Um Estranho por Dia, são retratos e histórias por: Miguel A. Lopes, Rui Soares, Rui Miguel Pedrosa e João Porfírio.                                                                                                                  Foto DR

Cristiana Sousa (CS): Antes de abordar o projeto “Estranho por dia”, quem são vocês?

Rui Soares (RS): Nós somos os Ruis, o Miguel e o João. Somos 4 fotojornalistas e que andamos todos os dias e o dia inteiro a fotografar.

CS: Por quem ou em que circunstâncias nasceu este projeto?

RS: Tudo começou quando o Miguel fez um post numa rede social a dizer que ia começar a fazer este tipo de projeto. Eu achei uma ideia muito boa e o Rui Pedrosa também. Juntá-mo-nos ao Miguel e por fim convidamos o João.

CS: Consegue explicar ou descrever de que forma encontram as pessoas e as abordam?

RS: Eu acho que falo pelos 4 quando digo que isto acontece de uma forma muito natural. Não há assim uma estratégia ou técnica, são pessoas que nós abordamos na rua de uma foram muito random, no nosso dia a dia.

CS: Qual foi a história mais “estranha” com que já se depararam?

RS: Estranha não, mas constrangedoras já tivemos algumas não consigo apontar uma pois são várias.

CS: Os estranhos que participaram no vosso projeto deixaram de ser estranhos?

RS: Sim.

Claro que sim, já sabemos o seu nome, estivemos à conversa com eles, por isso, para nós já são pessoas que conhecemos.

CS: Já mantiveram algum contacto com algum deles?

RS: Sim, por vezes vamos nos encontrando nas ruas e falamos sempre um pouco, nem que seja para nos dizer que gostou muito de se ver e que algo melhorou na sua vida, etc.   Enfim, conversamos sempre um pouco.

CS: Para terminar, gostava de saber a sua opinião sobre o rumo do fotojornalismo no país e no mundo.

RS: Acho que estamos a passar por um momento único na vida do fotojornalismo e, ao mesmo tempo, triste na era dos jornais de papel que eram o suporte do fotojornalismo como o conhecemos.

O fotojornalismo está cada vez mais vivo por causa da instantaneidade do mundo. O que não quer dizer que a qualidade tenha melhorado, mas pelo facto da quantidade de informação fotográfica ser muito maior, há uma responsabilidade maior, a meu ver, por parte dos fotojornalistas. Eles devem ter um cuidado redobrado na forma como observam e partilham o seu ponto de vista.

Com a rapidez com que as coisas acontecem hoje em dia, uma má informação pode espalhar-se num ápice. E quanto aos jornais, infelizmente, sai mais barato e mais fácil fazer jornais em formato online para se ter acesso nos gadgets do que imprimi-los.

Mas de uma coisa tenho a certeza, é uma época única para quem trabalha na área do jornalismo.

Cristiana Sousa

Após sucesso de Netflix e Spotify, Blendle chega aos EUA

Foi anunciado, no passado dia 23 de Março que a plataforma holandesa Blendle chegaria aos Estados Unidos da América, de forma a rentabilizar os conteúdos publicados online por meios de comunicação.

A plataforma Blendle, que ainda está numa versão Beta, permite que os utilizadores paguem uma compensação monetária, para terem acesso a um determinado artigo. Os valores podem chegar aos 49 cêntimos em revistas e 39 cêntimos em notícias generalizadas.

Segundo o co-criador da plataforma, Alexander Klopping, a ideia surgiu após se terem apercebido que existiam outras plataformas como o Netflix  e o Spotify que cobravam quantias mínimas, para os utilizadores terem acesso ao conteúdo. Após uma análise por parte dos fundadores, ponderaram se o mesmo não poderia acontecer com o jornalismo digital. Findada a ponderação, decidiram criar o Blendle.

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Apesar de não ter conteúdo de orgãos de comunicação portugueses, os leitores têm acesso a uma panóplia de conteúdos de jornais internacionais. PH/ Blendle.com

 

Na plataforma, os utilizadores pagam por noticia/informação, não sendo obrigados a comprar o jornal por inteiro para terem acesso à noticia que querem ler. No site da Blendle, surgem notícias de vários veículos como o New York TimesThe Washington Post, The Wall Street Journal, Time entre outros. A plataforma permite que o leitor, leia um artigo sem publicidade.

Desta forma, e tal como acontece com o Spotify e o Netflix, a Blendle consegue analisar os hábitos de consumo dos utilizadores. Esta nova forma de aceder a conteúdos jornalísticos online, torna-se numa solução para as várias empresas de comunicação e jornais, já que com o surgimento do digital, os lucros dos mesmos baixaram. Com o Blendle, vão poder co-financiar os seus sites e conteúdos online, sem o recurso à publicidade.

As receitas provenientes da utilização do site, são distribuídas pelo Blendle e pelos órgãos de comunicação, que decidem o valor a cobrar por noticia.

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Uma das caraterísticas pertinentes do site, é que o leitor pode ter o retorno do dinheiro investido caso não tenha gostado do artigo, ou tenha clicado acidentalmente no mesmo. PH/ Blendle.com

 

 

Texto por: Sónia Freitas

FONTE: Latin American Herald Tribune / San Diego Red.com

Imagem de destaqueblendle.com

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