Investigação sobre Panama Papers premiada na Áustria

A investigação jornalística que resultou numa série de reportagens sobre os Panama Papers, venceu esta sexta-feira (17) o prémio de “Investigação do ano”, nos Data Journalism Awards, que decorreram em Viena, Áustria .

Após o leak  de mais de 11,5 milhões de documentos fornecidos ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung , decorreu uma investigação sem precedentes. A investigação resultou de uma cooperação inédita entre mais de 100 órgãos de comunicação social sob a coordenação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), que ao longo de vários meses, recolheram informações sobre várias entidades, empresas e figuras públicas que mantinham contas offshore no Panamá.

As reportagens levadas a cabo por vários órgãos de comunicação social em mais de 76 países, expuseram uma rede de corrupção a nível global, que usava a empresa sediada no Panamá, Mossack Fonseca, para omitir e ocultar dinheiro e recursos em paraísos fiscais.

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Texto: Sónia Freitas

Fotografia: ICIJ

Fontes: Premium Times ; ISTOE; Panama Papers (ICIJ)

“Gosto muito da quinta e é lá que vivo”

Estudante a tempo integral, jogador de “airsoft” nas horas vagas e cuidador dos animais da quinta dos pais aos fins de semana, João Vítor Cabral Melo não é o típico jovem que vive na cidade.

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João Vítor trocou a promessa de entrada numa escola de Oficiais- para seguir o mesmo caminho do pai- pela Universidade dos Açores.

 

João Vítor Cabral Melo tem 21 anos. É o mais velho de três filhos. Desde pequeno que mora na freguesia dos Fenais da Ajuda, na região mais interior da ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores. Uma região que é particularmente diferente da cidade de Ponta Delgada, por ser mais verde e (ainda) mais sossegada.

No ano de 2013, João teve de escolher para que universidade ir. O pai, que trabalha na GNR, incentivou-o a ir para uma escola de Oficiais localizada no Continente. Contudo, João não aceitou a proposta, tendo decidido ingressar no curso de Comunicação Social e Cultura na Universidade dos Açores, no campus de Ponta Delgada. João confessa que na secundária era melhor aluno, do que agora na universidade: “Fiquei mais solto, sem a supervisão dos meus pais. Pela primeira vez estava a morar sozinho num sítio que fica longe de tudo o que conhecia, pelo que foi uma adaptação mais demorada, refletindo-se nas notas”. Logo de início, João percebeu que a cidade não era igual à sua terra. Era mais movimentada e menos fechada mentalmente: “as pessoas aqui são mais abertas”.

João Melo afirma, de sorriso nos lábios, que prefere “a cidade ao campo”.  Contudo, não esconde a sua paixão pelo campo, e sobretudo pela quinta dos pais: “Eu cuido dos animais nos meus tempos livres. Gosto muito da quinta e é lá que vivo”.  Para além das tarefas da quinta, João gosta de fazer trilhos pedestres e caminhadas pela região Norte da ilha, aproveitando de vez em quando para dar um banho no mar “seja no Verão ou Inverno. Eu gosto muito de ir ao mar”.

Com a ajuda de um amigo, aprendeu a jogar airsoft (desporto semelhante ao paintball, mas que está mais associado ao panorama militar, usando-se balas de borracha ao invés de balas de tinta). Contudo afirma, que não joga tanto como gostaria, pois, o equipamento necessário é dispendioso: “Não é tanto o aluguer do espaço onde jogamos, é mais a arma e o equipamento. Se não tens muito dinheiro, não consegues praticar”.

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O lado Norte da ilha de São Miguel, fascina o jovem João Vítor pela sua beleza natural. Sendo assim, João aproveita para fazer um trilho pedestre sempre que pode.

 

Apesar de não ter dificuldades financeiras, João trabalha na empresa de som da família, a “Melo & Melo”, para ganhar experiência no mercado de trabalho e para ajudar os familiares a gerirem a pequena empresa: “Não ganho dinheiro, mas ajudo a minha família”.

A viver na cidade há três anos, João acha que não teve nenhum momento extraordinário na sua vida. Contudo, concorda que a entrada na Universidade foi um marco importante na sua jornada. Da experiência universitária, o que mais marcou este jovem foi a praxe académica: “senti que cresci como pessoa e aprendi a ter uma noção diferente da vida. Comecei a analisar e a perceber como as pessoas reagem a situações em que são levadas ao limite ou em que estão sob pressão”.

Talvez esta afirmação seja um presságio do que está por vir na vida de João Melo, pois o jovem micaelense afirma que após terminar a licenciatura gostaria de fazer um estágio em imprensa e depois seguir para a escola de oficiais no Continente. Se esta última decisão se concretizar, então João irá realizar um sonho de miúdo: ir ao Continente. Nascido e criado nos Fenais da Ajuda, João nunca saiu dos Açores. Do interior para a cidade, a jornada de João Vítor Melo ainda agora começou.

 

 

TEXTO E IMAGENS POR: Sónia Freitas

 

Morre Morley Safer, jornalista do programa 60 minutos

A cadeia de televisão norte-americana, CBS, anunciou hoje que o jornalista Morley Safer morreu aos 84 anos, na sua habitação em  Manhattan, após contrair uma pneumonia. O jornalista tornou-se conhecido do público pelo seu trabalho e participação no programa 60 minutos.

Da sua longa carreira de repórter, destaca-se a sua cobertura da guerra do Vietname, que deu a conhecer ao público norte-americano os verdadeiros horrores da guerra, sem mascarar ou falsear a realidade. A sua cobertura mudou a mentalidade norte-americana sobre a guerra e sobre as consequências trágicas e traumáticas da mesma. Safer mostrou a realidade nua e crua, sem poupar o exército americano. Através de uma longa cobertura, ele deu a conhecer as atrocidades que os soldados norte-americanos estavam a fazer no Vietname. A partir desse momento, os americanos passaram a ver os vietnamitas como vítimas inocentes de uma guerra sem sentido.

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Morley Safer tornou-se no repórter que mais tempo esteve à frente do “60 minutes” ph/CBS

Com esta cobertura, Morley Safer mudou a forma como se faziam reportagens e como se abordavam os assuntos mais sensíveis. Como jornalista de excelência, Safer não temia qualquer entidade, instituição ou resposta. Ele passou a ser o porta-voz do público, questionando os convidados do programa sobre os temas mais polémicos, sensíveis e duros. Morley Safer foi uma figura modelo do jornalismo moderno.

O programa 60 minutos é um programa jornalístico criado por Don Hewitt, para a CBS NEWS.

A reportagem Cam Ne que mostra soldados norte-americanos a incendiarem uma vila vietnamita, foi o grande percursor de uma carreira de sucessos de Morley Safer

 

 

Sónia Freitas

Fontes:Observador; SIC Noticias ; ABC News ; CBS

Estudantes da UAC têm aulas na RTP Açores

A turma do 3º ano do curso de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores teve, durante os meses de março e abril, aulas nos estúdios da RTP Açores no âmbito da disciplina de Oficina de Jornalismo II.

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A estação forneceu aos jovens as melhores condições para a realização das aulas tendo cedido o cenário onde é realizado o Telejornal da RTP Açores .

No decorrer de quatro semanas, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os bastidores da estação televisiva, conhecer técnicas jornalísticas e receber orientação de alguns profissionais da estação. O espaço cedido pela RTP Açores, serviu ainda para os estudantes realizarem vários trabalhos práticos, de forma a terem um ambiente real e uma melhor perspectiva sobre o jornalismo.

Os alunos realizaram dois pivots e duas entrevistas, sendo que uma das entrevistas contou com o auxílio de Herberto Gomes, jornalista e profissional da RTP Açores há cerca de 25 anos, que aceitou ser entrevistado pelos estudantes. Na realização da atividade, o jornalista aproveitou para aconselhar os jovens futuros jornalistas sobre a profissão, atendendo à formação dos jovens e à evolução do jornalismo. Na outra entrevista, a docente pediu aos estudantes que imaginassem um programa da sua autoria sobre as regiões de Portugal, ao qual os alunos atenderam com entusiasmo e criatividade.

Com o auxilio dos técnicos da estação televisiva e da sua docente, os alunos perceberam como enfrentar as câmaras, a postura a ter quando se lê e apresenta uma noticia, como adaptar o seu guião de entrevista mediante as respostas do entrevistado e como improvisar.

As aulas foram realizadas com o intuito de melhorar a formação dos estudantes da academia açoriana, sendo que os alunos puderam avaliar qual área do jornalismo querem seguir. *

FOTOS

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Texto– Sónia Freitas

Fotografias: Cristiana Sousa/Sónia Freitas/Isabel Castro

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores

*Toda a turma e docente aproveitam a ocasião, para agradecer à RTP Açores pela sua disponibilidade e pela cedência do espaço e de profissionais da área.

Jornalista alemão publica livro sobre Daesh

O livor “A minha viagem ao coração do terror: 10 dias no Daesh”  do jornalista alemão, Jürgen Todenhöfer, que narra as estratégias e modo de vida do grupo terrorista mais temido da atualidade, será publicado publicado a 21 de abril, em versão inglesa, pela editora canadiana GreyStone.

O jornalista alemão de 75 anos, obteve permissão dos líderes do grupo terrorista para visitar e  documentar o seu dia-a-dia, no Iraque e na Síria. Jürgen Todenhöfer tornou-se, assim, no primeiro jornalista ocidental a conseguir trabalhar em segurança, num território que é controlado pelo Daesh. O jornalista, acompanhado do seu filho Frederic Todenhofer de 32 anos, que registou todos os momentos da viagem, passou dez dias com os jihadistas na cidade iraquiana de Mosul e a cidade síria  de Raqqa, tendo posteriormente relatado todas as experiências que viveu no livro.

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Abu Qatadah foi o guia do Jornalista na àrea controlada pelo Daesh. Ph/ Frederic Todenhofer

Apesar da obra só ser publicada (internacionalmente) este ano, o jornalista fez a viagem em 2014. Aquando do seu regresso, alertou o Ocidente para o perigo do Daesh, afirmando que as Nações do Ocidente estavam a subestimar o grupo e a força que estes tinham, tanto a nível militar e bélico como a sua capacidade para influenciar milhares de mentes.

Durante os dez dias, viu dezenas de novos combatentes a chegarem aos campos de treino, prontos para lutar pelas morais e ideais do Estado Islâmico (Daesh). Ao jornalista, os combatentes garantiram que quem não se convertesse ao Islão seria morto, independentemente do número de indivíduos que fosse necessário matar:

According to Abu Qatadah [Guia do jornalista na síria e membro do Daesh], those who do not convert will be killed. ‘150 million, 200 million, 500 million. The number doesn’t make any difference to us”. (Extrato do livro)

Apesar de ter consciência do perigo que passou,o autor, jornalista, ex-juíz e politico alemão, reafirma a sua decisão com a afirmação ” Para derrotar  o inimigo, há-que conhecê-lo” ( entrevista para o El Español). 

Os terroristas do Daesh reivindicaram atentados que causaram inúmeras vítimas como os de 13 de Novembro do ano passado, em Paris, ou, ainda mais recentemente, os do dia 22 de Março, em Bruxelas. Para mais informações, leia as notícias abaixo indicadas:

1-  https://jornalismoacores.wordpress.com/2016/03/31/suspeito-de-atentado-a-bruxelas-podera-nao-ser-afinal-o-jornalista-faycal-cheffou/

2-  https://jornalismoacores.wordpress.com/2016/03/26/jornalista-sente-se-culpado-por-nao-auxiliar-brasileiro-ferido-em-bruxelas/

Sónia Freitas

Fontes: SIC Notícias/The Guardian* El Espanol ** BBC/ Telegraph.UK

Fotografias retiradas do The Guardian/ da autoria de Frederic Todenhofer

*Contém extratos do livro em Inglês

** Texto está em espanhol

 

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.

Após sucesso de Netflix e Spotify, Blendle chega aos EUA

Foi anunciado, no passado dia 23 de Março que a plataforma holandesa Blendle chegaria aos Estados Unidos da América, de forma a rentabilizar os conteúdos publicados online por meios de comunicação.

A plataforma Blendle, que ainda está numa versão Beta, permite que os utilizadores paguem uma compensação monetária, para terem acesso a um determinado artigo. Os valores podem chegar aos 49 cêntimos em revistas e 39 cêntimos em notícias generalizadas.

Segundo o co-criador da plataforma, Alexander Klopping, a ideia surgiu após se terem apercebido que existiam outras plataformas como o Netflix  e o Spotify que cobravam quantias mínimas, para os utilizadores terem acesso ao conteúdo. Após uma análise por parte dos fundadores, ponderaram se o mesmo não poderia acontecer com o jornalismo digital. Findada a ponderação, decidiram criar o Blendle.

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Apesar de não ter conteúdo de orgãos de comunicação portugueses, os leitores têm acesso a uma panóplia de conteúdos de jornais internacionais. PH/ Blendle.com

 

Na plataforma, os utilizadores pagam por noticia/informação, não sendo obrigados a comprar o jornal por inteiro para terem acesso à noticia que querem ler. No site da Blendle, surgem notícias de vários veículos como o New York TimesThe Washington Post, The Wall Street Journal, Time entre outros. A plataforma permite que o leitor, leia um artigo sem publicidade.

Desta forma, e tal como acontece com o Spotify e o Netflix, a Blendle consegue analisar os hábitos de consumo dos utilizadores. Esta nova forma de aceder a conteúdos jornalísticos online, torna-se numa solução para as várias empresas de comunicação e jornais, já que com o surgimento do digital, os lucros dos mesmos baixaram. Com o Blendle, vão poder co-financiar os seus sites e conteúdos online, sem o recurso à publicidade.

As receitas provenientes da utilização do site, são distribuídas pelo Blendle e pelos órgãos de comunicação, que decidem o valor a cobrar por noticia.

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Uma das caraterísticas pertinentes do site, é que o leitor pode ter o retorno do dinheiro investido caso não tenha gostado do artigo, ou tenha clicado acidentalmente no mesmo. PH/ Blendle.com

 

 

Texto por: Sónia Freitas

FONTE: Latin American Herald Tribune / San Diego Red.com

Imagem de destaqueblendle.com

LEIA MAIS SOBRE A APLICAÇÃO EM (inglês):

Quartz

Digital Trends

João Cajuda considerado um dos bloggers mais influentes do mundo

O ator português, foi eleito no mês de março, o 15º blogger de viagens mais influente do mundo pela plataforma de dados RISE.

O resultado obtido pelo jovem português, é de grande relevância nacional, pois foram eleitos 1000 bloggers de viagens para figurar a prestigiada lista, sendo que ele é o único português a constatar da lista. Tendo alcançado o top 20, faz com que João seja considerado um dos bloggers mais influentes do mundo. . Esta influência é visível, quando as pessoas lhe pedem conselhos sobre viagens, baseando-se no que escreve no seu blog.


João Cajuda  iniciou a sua carreira como modelo e ator, participando em novelas e séries como Morangos com Açúcar. Contudo, desde pequeno que mostra interesse por viagens e pela aprendizagem que se pode retirar das mesmas. Assim, decidiu criar o seu blogue, onde aconselha os leitores sobre os sítios que visita, em relação a preços, acomodação, atividades e alimentação/restauração.

O ator, hoje com 32 anos , partilha a sua experiência na passagem por vários países e cidades como Bali, Praga, Marrocos entre outros. Esta é a sua profissão, já que grande parte dos vídeos produzidos por si, são mais tarde usados por hotéis e companhias de turismo, como forma de promoção do local. Com o crescimento do blogue, conseguiu a ajuda de algumas empresas, que patrocinam as suas viagens, nomeadamente a Emirates, Rimowa , CheckIn .

Para além de aconselhar os seus leitores, o blogger também concede visitas guiadas a quem queira visitar Marrocos. Há quem considere que este é o novo guia turístico, caraterístico de uma sociedade que vive na era digital.

O blogue é uma das novas formas adaptadas de se fazer jornalismo. Menos dispendioso que uma revista ou jornal, pode funcionar da mesma forma, quanto à partilha de conteúdos. Para além de ser mais interativo e prático.

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Texto por : Sónia Freitas

Imagens: joaocajuda.com

Fonte:

joaocajuda.com

dn.com

Canal de Youtube de João Cajuda

 

 

3 Filmes que marcam a história do jornalismo

Ao longo dos anos, Hollywood tem vindo a destacar vários filmes que têm como história principal, o jornalismo. Desde os mais clássicos, até aos mais modernos, todos os filmes contam um pouco da história do jornalismo. Outros mostram ao espetador o clima dentro de uma redação/estação e todo o processo de procura, investigação e redação das noticias. Em voga/destaque, remeto os leitores para três filmes que têm como temática, o jornalismo.

1- All the President´s Men

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Fotografia retirada do site: thewrap.com

Ficha Técnica:

Título: All the President´s Men

Ano: 1976

Director: Alan J. Pakula

 

Um clássico de 1976 que aborda o caso Watergate. O filme segue os dois repórteres do Washinghton post , Robert  WoodWard (interpretado por Robert Redford) e Carl Burnstein (interpretado por Dustin Hoffman) na sua investigação que tentava ligar o Presidente Nixon ao caso Watergate. A investigação  teve sucesso, com os profissionais a desvendarem uma rede de lavagem de dinheiro, que levou à renúncia do Presidente (na altura) Richard Nixon.

Trailer:

 

 

2- ” Goodnight and Goodluck” ou Boa noite e Boa Sorte

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David Strathairn como Edward Murrow para o filme Boa Noite e Boa Sorte. Fotografia : AP

Ficha Técnica:

Título: Goodnight and Goodluck

Ano: 2005

Director: George Clooney

Um clássico! No elenco conta com nomes sonantes na indústria como George Clooney ou Robert Downey Jr.

A história do filme remonta aos primórdios do jornalismo televisivo (1953) para relatar a luta travada pelo jornalista da CBS, Edward Murrow e a sua equipa contra a manipulação e poder que a publicidade tinha, ao ponto de conseguir com que certas histórias não fossem publicadas.

Murrow luta firmemente contra esta manipulação, quando decide expor todos os podres da campanha do Senador  Joseph McCarthy contra os comunistas, no que ficou conhecido como o McCartheísmo.  Murrow decidiu em conjunto com Fred Friendly (Co-produtor), publicar uma noticia sobre a falsa acusação que recaía sobre Milo Radulovich (tenente da força aérea acusado de ser comunista), dando ao Senador o Direito de Resposta, iniciando uma guerra televisiva que marcou o período inicial da televisão norte-americana.

A frase que dá nome ao filme, foi durante anos a afirmação com que o jornalista acabava o jornal e as emissões radiofónicas.

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Edward Murrow em 1956.   Fotografia : AP

 

Trailer:

 

2-  Spotlight

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FONTE: spotlightfilm.com

Ficha Técnica:

Título: Spotlight

Ano: 2015

Director: Thomas McCarthy

Recentemente, venceu o Óscar para melhor filme.

O filme protagonizado por Mark Ruffalo, Michael Keaton e Rachel McAdams, conta a história de todo o processo de investigação e redação, levado a cabo pelo The Boston´s Globe. A investigação pretendia expor o caso dos alegados  abusos sexuais no seio da Igreja Católica de Boston.

O caso tomou proporções à escala mundial, tendo despoletado uma série de acusações contra abusos sexuais em várias igrejas católicas. O caso teve tanto impacto, que já mereceu o devido reconhecimento do Papa, que pediu desculpas às vitimas e puniu (verbalmente) os agressores.  Na altura da investigação, o jornal sofreu vários entraves da Igreja Católica que tentou a todo o custo, desacreditar a história.

Spotlight, é mais um filme que mostra a luta do jornalismo e dos jornalistas contra a opressão e supremacia de algumas entidades.

Trailer:

 

 

Aqui ficam três produções cinematográficas que evidenciam e desvendam o que se passou por detrás das maiores descobertas no jornalismo.

Outras produções que suscitam interesse de foro jornalístico são:

1-Citizen Kane de Orson Welles

2-Capote de Bennett Miller

3- Nightcrawler de Dan Gilroy

 

Veja:

 http://observer.com/2015/07/eight-great-movies-about-journalists/

http://www.pastemagazine.com/articles/2015/12/the-15-best-fictional-films-about-journalism.html

 

Texto por : Sónia Freitas

Fontes utilizadas para pesquisa:

Spotlight official site

The Guardian

The Guardian: All the President´s Men

 

Sónia Freitas

Nota: O Jornalismo ACores é um laboratório de aprendizagem dos estudantes do 3º ano de Comunicação Social e Cultura da Universidade dos Açores. É provável que nos posts publicados autonomamente pelos estudantes haja incorreções, que serão revistas posteriormente, sob a orientação da docente. Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.

Jornal Britânico “The Independent” passará a ser publicado só online

A partir deste mês de Março, o diário britânico deixará de ser distribuído em papel e passará a ter somente a edição digital.

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Fonte: thedrum.com

 

A administração do jornal britânico The Independent decidiu pôr fim à distribuição do diário impresso, já a partir de Março deste ano, mantendo assim, só a edição digital.

Evgeny Lebedev, proprietário do jornal,confirmou esta decisão  avançada em fevereiro, alegando que “A indústria editorial está a mudar, e são os leitores que protagonizam essa mudança” .   Lebedev está consciente da influência do digital nos leitores : ” Eles (leitores) mostram que o futuro é digital. A decisão preserva a marca Independent e permite-nos continuar a investir em conteúdo editorial de alta qualidade que atrai mais e mais leitores para as nossas plataformas digitais”.

O The Independent é um dos principais jornais de Inglaterra e também o mais jovem do conjunto, que inclui The Daily Telegraph, The Sun e The Daily Mail entre outrosjá que foi criado em 1986.

Esta decisão permite ao jornal uma contenção e redução dos gastos que tinham com a edição impressa. Nos últimos anos, os jornais britânicos têm sofrido uma quebra nos lucros dos diários impressos, derivado do crescimento das edições digitais.

A decisão do jornal vai implicar ,inevitavelmente , o despedimento de alguns funcionários. Contudo a empresa não indicou quantos jornalistas serão demitidos. Esta tendência tem sido verificada em vários jornais britânicos, com o despedimento de dezenas de jornalistas.

O The Independent marca assim, uma reviravolta no panorama jornalístico, confirmando a forte influência da nova era digital sob os jornais impressos.

Sónia Freitas

 

FONTE: Brasil.elpaís.com